Suas manias eram todas de estimação.
Roer as unhas, sua mãe não deixava não.
Mas, debaixo dos lençóis, feito caverna, lá estava ela, unha por unha, não sobrava nadinha...
Falar sozinha, essa ninguém aguentava.
Seus amigos achavam que era com eles que ela falava, que nada.
Essa menina imaginava, tanto, que voava... seus pensamentos iam a lugares mágicos.
Acho que tinha mania de asas, de ser pássaro.
E assim a vida ia passando e cada vez mais essa menina cheia de manias, crescia.
Se você pensa que ela parou de colecionar manias, se engana.
Na sua estante, além dos livros, a menina, já mulher tinha um pedacinho de cada lugar que ela conhecia.
Dos lençóis maranhenses, trouxe a areia, bem fininha, ficava guardada no pote, pra dar sorte.
De Paris, miniatura da Torre Eiffel, pra lembrar aquele amor.
Das Cataratas do Iguaçu, um pouquinho da água.
Da Amazônia, trouxe um pé de pitanga.
Conchinhas, sabonetes de hotel, flores secas, e por aí vai, era mania de guardar lembranças.
Todas guardadinhas. Volta e meia era só abrir à gavetinha e pegar a mais acolhedora, abraçar e voltar a ser criança.
Patrícia Rocha
Essa menina é mesmo cheia de manias!
ResponderExcluirManias boas e divertidas de se ter...
Beijos
Lindas manias! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluiramei seu texto!
ResponderExcluiré tão natural...tão verdadeiro...tão feminino...
parabéns!
meu carinho...sempre!
Zil
Todos temos um pouco de criança... e é tão gostoso!...
ResponderExcluirBeijos,
AL
Essa menina que cuida da nossa alma que precisa sempre sorrir para prosseguir. Amo vir aqui. Cantinho cheio de luz. Beijos!
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